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A onda perdeu força e parou. Será que vai começar a retornar? Refiro-me ao apoio da imprensa nacional ao governo Lula, que até alguns dias atrás era inconteste e avassaladora, chegando mesmo ao desvario de cronistas e o puxa-saquismo dos editoriais. Quase sem exceção!
Muitas pessoas buscam explicar tal atitude pelo fato de que as organizações da imprensa brasileira, quase todas em regime de UTI, necessitando do único remédio que as manteria vivas - o dinheiro, muito dinheiro - rendia suas homenagens aos que controlavam malévola e corruptamente as verbas das propagandas e das publicidades oficiais, tanto diretamente do governo quanto das companhias controladas por ele.
Isto é feio, não há dúvida, mas a imprensa tem memória de elefante para esses casos. Não deve ter esquecido as humilhações de ter de demitir funcionários para agradar alguém no poder, ou para apaziguar o prejuízo causado por artigos ou opiniões que, mesmo com vezos de verdade, arranhavam a compostura de poderosos do momento. Afinal, se tem uma coisa que a esquerda lulista faz bem é a de meter medo e receio em profissionais de jornalismo.
Muitos desses profissionais encontraram-se em situações ambíguas nas quais estavam postas de um lado suas opiniões políticas e sua ética profissional, e de outra, o seu salário, seu emprego e uma família para alimentar e prover. Optaram, muitos, pela segunda, engoliram o desaforo mas não o deglutiram. Sabiam que o mundo é redondo e acaba por passar pelo mesmo lugar, alegoricamente falando.
O momento parece ter chegado. Timidamente, alguns iniciaram a soltar as amarras do navio que estava firmemente acostado no cais. Aos poucos, outros estão fazendo o mesmo. O cordame vai afrouxando e o navio vai ficando solto e inicia a flutuar ao léu. O navio governista irá perder-de nos abrolhos adiante na primeira tempestade.
A coragem retorna, esvai-se o medo, desaparece a angústia e surge claro na mente dos jornalistas a certeza de que dentro de menos de 165 dias a hidra perversa perderá a cabeça, e o seu veneno será inócuo, pois estará sem as presas do poder. A vingança dos males feito é questão de pouco tempo, mas acontecerá. Na realidade, já está acontecendo. Abrem-se os jornais e revistas atualmente e a "babação" insidiosa terminou. Volta a racionalidade, recompõe-se a vergonha na cara, nasce o desejo de repor a verdade. A imprensa reassume o seu papel democrático e retoma o senso de justiça. Afinal, o Brasil pode mais.
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