quarta-feira, 14 de abril de 2010

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A montagem da estrutura de perpetuação no poder idealizada pelo mandatário do Executivo nacional deve incluir obrigatoriamente a mansa e total concordância do Poder Judiciário, inclusive e principalmente - embora em bases temporárias - da Justiça Eleitoral.

Magistrados 'amansados' com cargos, regalias e vantagens; juízes dúbios nos julgamentos envolvendo 'companheiros'; lentidão enervante para permitir o desquecimento da opinião pública, e mesmo a prescrição legal do crime.

Policiais e delegados agindo com morosidade, sem vontade investigativa, com espetáculos circenses para humilhar os desafetos políticos do 'líder', e com subterfúgios para ocultar os malfeitos dos 'amigos', tudo deve ter sido previsto e tudo deveria acontecer a contento.

Afinal, muitas foram as nomeações das altas cadeiras judiciais, preenchendo muitas com pessoas sem as devidas qualidades ou experiência, pondo à mostra um problema grave do sistema democrático brasileiro: o Poder que deve ser observado e controlado é quem nomeia os juízes máximos do Poder que controla.

É um erro tão infantil quanto o de pernitir que numa Sociedade Anônima, por exemplo, que o Diretor Financeiro acumule a Diretoria de Compras, e a Contadoria. Talvez não aconteça nada mas a porta está aberta aos maiores descalabros e desfalques.

Nada há - tecnica e materialmente - que impeça o desastre administrativo, o desvio de recursos, o acobertamento dos erros da Presidência da empresa.

De nodo similar ocorre em um país. A única coisa que poderá impedir tal fatalidade é a virtude funcional desses magistrados. O problema é que é difícil esquivar-se do espírito corrompedor, das mordomias fáceis e diferenciadoras, daquelas que tiram aos homens o contato com a realidade. Para que homens assim ajam com grandeza, é necessário possuir senso histórico e agir para que o presente se torne o passado que um dia desejarão ter orgulho de lembrar.

O problema é que o TRE, embora dê umas mordidinhas de leve, faz vista grossa para pesquisas de opinião aleivosamente feitas, com escancaradas falhas metodológicas, no cumprimento da missão de manter - a todo e a qualquer custo - a ilusão de que os candidadatos mais 'badalados' estão muito proxinmos um do outro, pois esse fato deve existir, nem que seja na mídia, para permitir a execução mais tranquila e sem conrestações violentas.

Uma coisa é certa: quem está atualmente no poder não pode ser derrotado, pois sabe que, uma vez aberta a caixa preta de seu governo, jamais voltará.

Caso contrário, se a fraude foo grosseira, poderá haver um novo 30, talvez um 64 renovado ou, o que seria pior, mas não impossível, uma sangueira como 1893.

Deus queira, e permita, que o Brasil continue com sua integridade territorial!

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2 comentários:

  1. Era para ser "mordidinhas", mas esx
    capou à revisão devido ao cansaço visual de um estafado 'revisor' em viagem.
    Obrigado pelo aviso. Já está devidanmente consertado.
    O que seria de um 'blogueiro' solitário sem a atenção cortês e pontual de seus leitores?

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