Descendente de açorianos, Davi José Martins iniciou sua vida militar na campanha da Cisplatina, de 1811/1812, como voluntário. Participando de diversas outras campanhas da fronteira sul, incclusive, gloriosamente, do combate de Rincón de las Gallinas, e do Passo do Rosário. Ao eclodir a Revolução Farroupilha vai lutar ao lados dos Farrapos, sob o comando de Bento Gonçalves da Silva onde, por seus méritos de comandante chegará a general do exército da República Riograndense. Jamais foi vencido em combate, a não ser ao tempo das tratativas de paz, quando se descuidou, confiante, e foi atacado à traição pelas tropas de um desafeto.
Quase ao final da Guerra dos Farrapos, recebeu do ditador argentino Juan Maria Rosas, a oferta de tropas argentinas para melhor resistirem às forças de Caxias. Sua resposta é épica: "Senhor - O primeiro de vossos soldados que trnaspuser a fronteira, fornecerá o sangue com que assinaremos a paz com os imperiais. Acima de nosso amor à República está nosso brio de brasileiros. Quisemos, ontem, a separação de nossa Pátria, hoje almejamos a sua integridade. Vossos homens, se ousarem invadir nopsso País, encontrarão, ombro a ombro os republicanos de Piratini e os monarquistas do senhor D. Pedro II".
Como máximo comandante militar farroupilha entrevistou-se com Caxias. Quando este lhe disse "que a revolução tendia a desaparecer por falta de elementos para prosseguir", respondeu-lhe, orgulhoso, Canabarro: "Engana-se general. Ainda temos elementos próprios para sustentá-la por muito tempo. se quiséssemos vencer a todo transe, poderíamos fazê-lo. Leia esta carta e se convencerá [era a carta de Rosas]. Mas, note, que não aceitamos o concurso estrangeiro, porque primeiro que tudo, somos brasileiros e em caso algum admitimos o auxílio da castelhanada".
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