A virtude na república é o amor à pátria, isto é, o amor à igualdade. Não é, em absoluto, virtude moral, nem virtude cristã, e sim virtude política; é a mola que faz mover o governo.
A virtude exige que se faça ao Estado, ao interesse público, um sacrifício de si mesmo e das próprias repugnâncias, do próprio egoísmo, indisciplina e ganância, de todos os apetites.
Tais exigências são próprias da democracia, pois ela é, por natureza, o governo da maioria. Se funciona mal, se as leis cessam de ser executadas, a causa só pode estar na corrupção do caráter da maioria. Mal irreparável, “o Estado já se acha perdido”, diria Montesquieu.
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quarta-feira, 24 de março de 2010
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