No livro em que escreveu suas memórias, disse o General Olímpio Mourão Filho:
"Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto e vinte e quatro horas depois, a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso."
O homem era um profeta, sem dúvida.
A nova geração não sabe quem foi este General. Ela era comandante militar em Minas Gerais, e partiu de lá com as tropas sob o seu comando para invadir o Rio de Janeiro, e disposto a lutar, pois os comunistas e seus simpatizantes tentariam resistir. Mas não. Ao contrário, dispararam cada um para um lado. Foi um Deus nos acuda! Atropelaram-se para fugir, levando o que tinham roubado.
Assim, no dia 31 de março de 1964, o Brasil, mais uma vez, reiniciava, para tentar novamente. "País azarado", dizia meu pai, um gaúcho honesto, probo e politizado.
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domingo, 21 de março de 2010
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