José Gomes Pinheiro Machado, paulista de Sorocaba. Com 15 anos de idade fugiu para o Paraguai para se incorporar às forças de Voluntários da Pátria, onde lutou por dois anos. Retornando, formou-se em Direito, casou no Rio Grande do Sul, e tornou-se estanciero em São Luiz Gonzaga. Era abolicionista e republicano. Foi um dos fundadores do jornal republicano A FEDERAÇÃO. Com a proclamação da República elege-se Senador pelo Rio Grande do Sul. Era o princípio de uma carreira prodigiosa, que o levou, por sua influência política, a ter em suas mãos o próprio destino do Brasil. Ele como que exerceu, no Senado, o Poder Moderador. Era um homem sem medo, dotado de excepcional coragem individual. Poderoso, jamais recuou de suas convicções, vencendo sempre, mesmo tendo como adversários gente como Rui Barbosa. Foi comandante castilhista do Exército do Norte, na Guerra Civil de 1893. Amado e odiado pelas suas atitudes tornou-se uma espécie de lenda e mito político. Foi assassinado por golpe de punhal em 17 de julho de 1915, ao entrar no Hotel dos Estrangeiros, no Rio de Janeiro. Previra o seu trágico destino: "Tombaremos na arena, olhando a grandeza de nossa Pátria... [sem] ocultar como César a face com a toga e, de frente, olharemos fito a treda e ignóbil figura do sicário".
Mesmo contestado por muitos, ele foi, como diz Walter Spalding, "mais do que o político da época, mais do que o chefe de um simples partido político, o homem representativo, forte, patriótico que, desde a mocidade tudo sacrificava em defesa de seus ideáis e da Pátria".
Júlio de Castilhos reiterava que Pinheiro Machado, se destacava, na República, "pela palavra imaculada e pelo exemplo permanente da mais admirável abnegação de patriota".
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